*por Luis Borges, 31 de agosto de 2024 Curtas e curtinhas
As pesquisas eleitorais e a abstenção
Os institutos de pesquisas fazem seus levantamentos sobre as disputas eleitorais, no caso agora para prefeitos, principalmente, e buscam retratar o momento de cada candidato naquele instante, levando em conta parâmetros científicos tais como tamanho da amostra, margem de erro, intervalo de confiança, resposta estimulada e espontânea…
Como o voto no Brasil é obrigatório para quem tem de 18 a 70 anos, e é optativo para os cidadãos acima de 70 anos e os que estão entre 16 a 18 anos, os institutos de pesquisas deveriam começar seu trabalho perguntando se o eleitor pretende votar na próxima eleição. Em caso afirmativo, é só fazer as demais perguntas, indo até votos brancos, nulos ou não sabe.
Vale lembrar que as abstenções têm crescido nos últimos anos. Em 2018 a abstenção foi de 20,3%, em 2020 chegou a 23,14 nas Eleições Municipais e em 2022 ficou em 20,95% nas Eleições Presidenciais.
A melhoria contínua deve ser uma busca permanente!
A longevidade é real
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE divulgou em 22/08 mais observações e análises sobre as faixas etárias pesquisadas pelo Censo de 2022.
A fecundidade caiu para 1,57 filhos por mulher e era de 2,32 no senso de 2000. A expectativa de vida ao nascer ficou em 76,4 anos – era 71,1 em 2000 – e estima-se que será de 83,9 anos em 2070.
Os números mostraram que a faixa de 0 a 14 anos corresponde a 20,1% da população e a de 15 a 24 anos é de 14,8%. A faixa de 25 a 39 anos equivale a 23,3% e a de 40 a 59 anos, a maior de todas, registrou 26,2%. Os idosos, aqueles que têm 60 anos ou mais, já correspondem a 15,6% e superam a faixa dos que têm de 15 a 24 anos.
As projeções do IBGE mostram que em 2046 os idosos serão 28% da população e chegarão a 37,8% em 2070 tornando-se os mais numerosos da população.
Vale lembrar também a projeção da população em 220 milhões em 2042,que a partir dai começará a decrescer para chegar a 199 milhões em 2070.
Fica gritante a necessidade de um reposicionamento estratégico das políticas públicas diante do aumento da longevidade, que demanda mais qualidade de vida com renda adequada. Só fazer reforma da previdência social, cada vez mais arrochando os benefícios dos segurados, só vai piorar a situação.
Um seguro para cobrir as catástrofes climáticas
A Confederação Nacional das Seguradoras – CNSeg está propondo a criação de um seguro para cobrir perdas advindas das catástrofes decorrentes das mudanças do clima, ou seja, os eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes e intensos.
A proposta sugere que seja cobrado, através de Lei Federal, R$ 2,00 mensais na conta de cada telefone celular pós-pago, que majoritariamente pertence a população de média e alta renda. Os pré-pagos ficariam de fora para não penalizar ainda mais a população de baixa renda, segundo a proposta em articulação.
Outra hipótese seria a cobrança dos mesmos R$ 2,00 nas contas mensais de energia elétrica, mas a objeção é que a população de baixa renda seria prejudicada.
Será que o Congresso Nacional vai aprovar essa taxa? O que está sendo feito efetivamente com os planos de ação para se atingir as metas do acordo do clima, visando reduzir as emissões dos gases do Efeito Estufa em 53% até 2030?
A conferir!
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* Araxaense, Engenheiro Mecânico formado pela UFMG, professor universitário na graduação e pós-graduação, especialista em Gestão Estratégica de Negócios e Mentor.